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um pescoço que espera,
um sopro, uma brisa,
que arrepia a pele,
na altura precisa...
dois lábios unidos,
querem descansar,
sobre a pele que em breve,
hão de castigar...
uma mão que ajeita,
querendo desarranjar,
o que resta de um corpo,
cansado de esperar...
depois do beijo dado,
a pedido do amor,
a língua se lança,
na procura de sabor...
saciado o palato,
o apelo seguinte
vem dos dentes que se acomodam,
com algum requinte...
a pele fragilizada,
pela sedução,
sente os mordidas certeiras,
cheias de paixão...
eriça-se a vontade,
a dor distribui um desafio,
ao desejo segurado,
por apenas um fio...
o momento escalda,
já nada há a fazer,
as mordidas de amor,
são abismos de prazer...
*** Ártemis ***
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