amar-me sempre em contra tempo,
como se soubesses que te vou cair no esquecimento,
e que sem nenhum lamento,
o teu cruel pensamento,
nunca mais me levará a ti...
Juras,
abraçar-me mesmo sem vontade,
enganado a verdade,
deixando morrer em liberdade,
este meu desejo sem fim...
Juras,
que serás meu eternamente,
mesmo num corpo dormente,
onde a vida já foi na corrente,
e deixou a alma ruim...
Juras,
que serás meu eternamente,
mesmo num corpo dormente,
onde a vida já foi na corrente,
e deixou a alma ruim...
Juras,
que levarás a toda a parte,
o meu cheiro feito arte,
no teu corpo como estandarte,
os odores do meu jardim...
Juras,
que quando sentires na tua pele o sol castigador,
vais lembrar do nosso amor,
o peito arderá de dor,
por não me teres junto a ti...
Juras,
que o teu suor de verão,
os tremores do teu inferno trarão,
as lembranças desta paixão,
que vivemos num frenezim...
Jura, apenas jura,
mesmo que não seja verdade,
eu preciso acreditar na longevidade,
deste nosso amor tão cobarde,
que nos conquistou assim...
*** Ártemis ***
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